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Gibson Les Paul Standard: Jimmy Page e a Magia do Led Zeppelin

Guitarra Gibson Les Paul modelo Sunburst, com acabamento em verniz brilhante, dois captadores humbucker e escudo creme, posicionada sobre estojo aberto com forro aveludado vermelho.

Uma guitarra envolta em misticismo e peso

Poucos instrumentos na história do rock carregam tanto misticismo quanto a Gibson Les Paul Standard usada por Jimmy Page. Afinal, seu som denso, encorpado e quase ritualístico não só definiu uma era, mas também se tornou o alicerce da sonoridade do Led Zeppelin, uma das bandas mais influentes do século XX.

Com ela nas mãos, Page guiou o rock dos anos 70 por caminhos jamais explorados, ao mesmo tempo que mesclava blues, folk, hard rock e psicodelia com uma assinatura inconfundível: solos épicos, riffs atemporais e um tom que parecia invocar forças ancestrais.


A origem da Les Paul Standard

A Gibson Les Paul Standard surgiu em 1958 como resultado de uma evolução dos modelos anteriores. Por exemplo, seu corpo sólido em mogno com tampo de maple proporcionava sustain e ressonância únicos, enquanto os captadores humbuckers PAF adicionavam gordura sonora e eliminavam ruídos.

Embora seu sucesso inicial fosse modesto, músicos como Eric Clapton, Peter Green e, principalmente, Jimmy Page transformaram o modelo em um ícone absoluto.

Jimmy Page e a Les Paul: uma alquimia sonora

Page adotou a Les Paul em definitivo a partir do segundo álbum do Led Zeppelin, substituindo a Telecaster usada no primeiro disco. Sua principal guitarra, uma Les Paul Standard de 1959, conhecida como “Number One”, tinha características personalizadas:

  • Braço mais fino e rápido
  • Captadores com saída alta
  • Modificações nos circuitos de volume e tonalidade

Com ela, Page gravou faixas lendárias como “Whole Lotta Love”, “Black Dog”, “Rock and Roll” e, é claro, o solo de “Stairway to Heaven”.


O som de Page: magia e controle

A Les Paul Standard combinava perfeitamente com seu estilo, já que ele alternava entre riffs pesados e passagens acústicas com maestria. Além disso, técnicas como o bowing e efeitos como o Echoplex levavam o instrumento a territórios quase místicos.

Dessa forma, seu som tornou-se instantaneamente reconhecível, nada menos que a fusão perfeita entre blues e hard rock.


A relação com a mitologia do Led Zeppelin

A Les Paul também se tornou símbolo da aura misteriosa da banda. Afinal, seus shows incluíam improvisações, rituais de palco e passagens etéreas. Na capa de The Song Remains the Same, a imagem de Page com a guitarra contra luzes eternizou sua figura como arquétipo do guitarrista.


O modelo e seus descendentes

Graças a Page, a Gibson lançou versões de assinatura da Les Paul, incluindo reedições fiéis ao modelo de 1959. Hoje, são objetos de desejo entre músicos e colecionadores.


Curiosidades

  • Page comprou sua “Number One” de Joe Walsh, que percebeu que ele precisava de um som mais pesado.
  • O timbre da Les Paul foi crucial na transição do rock psicodélico para o hard rock.
  • O solo de “Stairway to Heaven” foi gravado em três takes, e Page escolheu o primeiro.

Legado eterno

A Gibson Les Paul Standard nas mãos de Jimmy Page moldou gerações inteiras de guitarristas. Artistas como Slash (Guns N’ Roses), Zakk Wylde (Ozzy Osbourne), Joe Perry (Aerosmith) e até músicos modernos como John Frusciante (Red Hot Chili Peppers) foram direta ou indiretamente influenciados por sua estética sonora.

Mais que um instrumento, a Les Paul Standard de Page é um marco cultural.


Conclusão

No fim, a fusão entre a Les Paul e a genialidade de Page criou uma alquimia única. Se a Stratocaster de Hendrix foi um grito psicodélico, a Les Paul de Page é, sem dúvida, o feitiço sonoro do rock.

Se a Fender Stratocaster Branca de Hendrix foi um grito psicodélico, a Les Paul de Page é o feitiço sonoro que nos faz voltar no tempo, rumo à essência do rock.


Gostou do mergulho na história da Les Paul Standard? Continue nos acompanhando enquanto exploramos as guitarras mais icônicas do rock, uma por uma.

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